Neste artigo, exploramos estratégias eficazes para assimilar visão, missão e valores de uma empresa-compradora na unidade adquirida. Abordamos um caso de gestão de mudança em uma mineradora, revelando o poder de tecnologias interativas em change management. Acompanhe como superar a resistência e integrar efetivamente novos conceitos em ambientes corporativos.
Como fazer a visão, missão e valores de uma empresa-compradora serem assimilados pela unidade comprada?
Um dos casos da lista de “mais marcantes e curiosos” que trabalhamos foi ajudar a solucionar o desafio de “change management”. Fomos contratados por uma mineradora que acabou de comprar uma unidade produtiva no interior do país. Como resultado do nosso trabalho, descobrimos mais uma face do poder que uma tecnologia inteligente interativa tem. Antes de tudo, o segredo é aplicá-la de forma criativa e com propósito.
O processo de change management, também chamado de “gestão de mudança”, é o conjunto de atividades e estratégias utilizadas para gerenciar e implementar mudanças em uma organização. Ele é acompanhante inevitável de fusões e aquisições. Mais do que isso, quase qualquer ajuste estratégico ou operacional relevante que uma empresa possa querer fazer, terá que enfrentá-lo.
Resistência à mudança, tempo perdido, recursos e riscos mal estimados são alguns dos principais desafios do processo de change management.
Saber estimar bem e gerenciar o tempo, os recursos e os riscos é uma arte. Implementar uma mudança pode ser um processo demorado. Além de tempo, a implementação de uma mudança pode exigir recursos adicionais, como dinheiro e pessoas. Claro que é importante identificar e gerenciar os riscos de forma eficiente para minimizar os impactos negativos da mudança.
Mas na raiz da maioria dos problemas que acompanham os processos de “change management”, tem um, nem sempre evidente, mas quase sempre presente: a resistência.
Resistência é um assunto mais comentado e analisado quando o tópico é gestão de mudança. As pessoas costumam resistir à mudança porque estão acostumadas com a rotina atual ou têm medo do desconhecido. Assim, o tempo passa, o orçamento vai embora, e nada muda. A solução para este desafio é abordar as preocupações de forma clara e sensível.
O grande aliado nisso é, obviamente, a comunicação! É fundamental explicar de forma clara e eficiente os objetivos da mudança, bem como as etapas necessárias para implementá-la. É importante também garantir que todos os envolvidos tenham acesso à informação. Mais do que isso, é importante que também possam expressar a sua opinião e participar da tomada de decisões.
Facilitar a comunicação e análise de feedbacks
O nosso cliente era uma empresa do setor de mineração que comprou uma unidade produtiva no interior do país. Ela precisava de um facilitador no seu processo de comunicação e análise de feedbacks do pessoal da fábrica.
O processo de gestão de mudanças teve como objetivo atingir a inserção harmoniosa da unidade comprada na estrutura da empresa que a incorporou.
O desafio era repassar a visão, missão e valores, principalmente sobre a inovação, para a equipe da fábrica comprada. Esta equipe estava desanimada. Era forte a obsessão dos funcionários pelo “fazer como antigamente”. Reuniões e cartilhas com explicação não pareciam fazer efeito.
A equipe da gestão de mudança quis “dar uma chacoalhada” no pessoal do chão da fábrica comprada. Eles decidiram instalar um robô-atendente físico. Por meio de interação e conversa, o robô deveria repassar os novos valores, especialmente o da inovação. Mas o início do projeto era frustrante: as interações eram abandonadas, as pessoas demonstraram interesse pelo robô em si, mas não “davam muita bola” para a importância de absorver os novos valores.
A abordagem analítica permite ver a necessidade de mudança de foco da comunicação.
Uma análise PLN do log das conversas foi reveladora. Descobrimos que alguns termos (por exemplo, “inovar no trabalho” e “ser proativo”) eram comuns para os funcionários desta empresa na sede e nas grandes cidades. No entanto, eles faziam pouco sentido, linguisticamente falando, para as pessoas da fábrica do interior.
Então, ajustamos o foco do projeto. Em vez de simplesmente promover a missão, visão e valores, o robô começou a explicar o significado dos termos novos e “curiosos” de forma interativa. Ele utilizava as gírias locais para facilitar entendimento. Em vez de falar da importância de ser uma pessoa inovadora e proativa, o robô “traduzia” o que significa ser assim. Deste modo, foi ganhando os corações dos colaboradores como um “robô de verdade” e alguém quem “fala a nossa língua”.
Conforme os significado dos termos ficava assimilado, a inovação e proatividade no dia a dia ficavam mais aceitos e praticados pela equipe.
Quer conhecer mais um projeto no qual mineração de textos com PLN ajudou a evitar um erro decisório estratégico? – leia AQUI.