Recentemente a Umbô esteve participando no estande da Metso em uma feira dedicada a mineração em São Paulo. Nosso robô Dubô tinha sido escalado para o evento e tudo corria muito bem. As interações com os visitantes estavam fluindo: o Dubô se movimentava pelo espaço, mostrava vídeos da Metso, tirava fotos e conversava com as pessoas. Mal sabíamos que esse dia seria uma aula de acessibilidade e tecnologia.
Uma cena, no entanto, nos chamou atenção. Duas pessoas tentavam se comunicar com o Dubô e ele nem se mexia. Enquanto nos aproximávamos para ver qual seria o problema, não conseguia entender: por que ele não estava interagindo?
Ao compreender o que se passava, pessoalmente falando, meu coração se entristeceu. Notamos que as duas pessoas possuíam deficiência auditiva e tentavam falar com o robô através da linguagem de sinais. Eles tinham visto o robô interagindo com as outras pessoas e quiseram ver como funcionava, mas sem sucesso.
Com o pouco que sei de LIBRAS, expliquei que o robô funcionava por comandos de voz e que ele AINDA não entendia a linguagem de sinais. Perguntei se eles queriam tirar uma foto e, depois da afirmativa, dei o comando para o robô fazê-lo. Eles acharam a experiência incrível e foram embora satisfeitos. Mas nós não!
Nossos robôs possuem o que há de mais avançado tecnologicamente, conseguem ser flexíveis para desempenhar muitas funções e atenderam centenas de pessoas naquela feira. Porém não conseguir atender aquelas duas pessoas nos deixou decepcionados.
Brasil, acessibilidade e tecnologia
No Brasil existem cerca de 10 milhões de deficientes auditivos. Cerca de 80% dos surdos do mundo são analfabetos nas línguas escritas. Isso corresponde a aproximadamente 5% da população brasileira. Essas são pessoas que empresas, influenciadores e outras pessoas têm dificuldade em atingir com suas mensagens. Não estamos incluindo nessa conta deficientes visuais que não possuem um leitor no computador ou pessoas com dislexia severa. Hoje, 25% da população brasileira possuem algum tipo de deficiência.
Uma ampla utilização de novas tecnologias poderá facilitar o processo de inclusão de crianças, jovens e adultos com deficiência. Nós, da Umbô, gostaríamos de contribuir em tornar a tecnologia mais acessível. Por essa razão estamos começando a busca de parceiros que queiram contribuir com ideias, códigos, insights e mais para tornar nosso robô acessível para todas as pessoas. Você é essa pessoa? Entre em contato conosco para descobrirmos o que podemos realizar juntos.